sexta-feira, 21 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Definição de Avó
"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".
Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo. Uma delícia!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Gostei de ler
"Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheiinhas, femininas... . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fracção de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são rectas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.
A maquilhagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheiinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.
Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês*. Porque, nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o Atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas, que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em Setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa...Viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesarianas e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
Paulo Coelho
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheiinhas, femininas... . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fracção de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são rectas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.
A maquilhagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheiinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.
Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês*. Porque, nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o Atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas, que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em Setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa...Viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesarianas e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
Paulo Coelho
* Esta parte dispensava-se...Pode ter uma interpretação perversa!
A Anouk brincalhona
Estes bonequinhos eram os "intocáveis"! Nem a Bábá, que nos fez comer lume com as suas asneiras, algum dia tocou neles... Mas a Anouk não sabia disso e, de vez em quando, vai brincar com eles, mas não lhe tira os olhos, nem os esfarrapa, ficam inteirinhos!
Já faz parte da família há 6 meses. Está óptima, linda como sempre!O pêlo parece veludo. É muito meiguinha e obediente. Agora já brinca. Dá corridinhas, pulinhos e até já faz asneirinhas, documentadas em foto, sempre que possível, para memória futura. Adora a dona, as donas manas e continua a "detestar" a Bábá que lhe paga na mesma moeda. Quando a deixo em casa da "mana senhora" chora que se mata. Quer vir para a casa dela... Ao serão faz umas sonecas gostosas encostadinha a mim, enquanto eu faço "arraiolos". Conclusão, fazemo-nos muito boa companhia.
O nosso bébé
ainda não tem nome...Os nomes propostos por avós, tias e primas são tantos que os papás não conseguem decidir-se! Entre umas e outras a lista inclui: Afonso, Bernardo,Salvador, Martim, Vasco, Gonçalo, Xavier, Miguel, João, Tomás, Pedro.... So, os bordadinhos em ponto cruz estão em stand by... e eu estou ansiosa por tratar o meu neto por um nome, já nem faço questão dos meus preferidos desde que seja um destes. Já fiz chantagem emocional e tudo, mas não resultou. Será que eles estão à espera de ver a carinha do bébé para se decidirem????????
O Sr. Francisco faleceu hoje de manhã.A Ana estava triste, mas, como sempre, tomou conta da situação: tomou logo as primeiras providências, consolou a D. Mariazinha e ajudou os filhos a tomar decisões inadiáveis ainda que dolorosas.
Já não suporto ouviros disparates e mentiras da Lurditas, nem da vigarice do BPN (que nos vai sair do bolso) e ainda menos do incompetente do Vítor Constâncio, que disse hoje mais uma vez " que não sabia de nada"!!! Se esta santa ignorância se estende também à sua vida particular...
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Bernardo,
casaquinhos de bébé
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Yes,we can!
Olá, Chicago.
Se existe alguém que ainda duvida que a América é um lugar onde todas as coisas são possíveis, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores está vivo em nosso tempo, que ainda questiona o poder de nossa democracia, esta noite é a sua resposta.
É a resposta contada pelas filas que se estenderam em torno de escolas e igrejas em números que a nação jamais viu, de pessoas que esperaram três horas ou quatro horas, muitas pela primeira vez em suas vidas, porque acreditaram que desta vez precisava ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer a diferença.
É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, americanos nativos, gays, heterossexuais, deficientes e não deficientes. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo de que nunca fomos apenas uma porção de indivíduos ou uma porção de estados vermelhos e estados azuis. Nós somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América.
Essa é a resposta que levou aqueles a quem foi dito por tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e desconfiados sobre o que podemos conseguir a pôr suas mãos no arco da história e curvá-lo uma mais vez no rumo da esperança de um dia melhor.
Foi uma longa jornada, mas esta noite, pelo que fizemos nesta data e nesta eleição neste momento definidor, a mudança chegou à América.
Agora há pouco, esta noite, recebi uma ligação extraordinariamente cortês do senador John McCain. O senador McCain travou uma luta longa e dura nesta campanha. E ele já havia combatido há muito mais tempo e mais duro pelo país que ele ama. Ele suportou sacrifícios pela América que a maioria de nós não pode nem sequer começar a imaginar. Nós estamos em melhor situação pelos serviços prestados por este líder corajoso e abnegado. Eu o felicito; eu felicito a governadora Palin por tudo que eles conseguiram. Pretendo trabalhar com eles no futuro para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.
Quero agradecer a meu parceiro nesta jornada, um homem que fez campanha com seu coração, e falou para os homens e mulheres com quem cresceu nas ruas de Scranton e com quem viajou no trem para casa em Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
E eu não estaria aqui nesta noite sem o apoio incansável de minha melhor amiga nos últimos 16 anos, a rocha da nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama da nação, Michelle Obama.
Sasha e Malia, eu amo-vos mais do que vocês podem imaginar. E vocês ganharam o novo cachorrinho que virá connosco para a nova Casa Branca. E embora não esteja mais entre nós, eu sei que a minha avó nos está vendo, junto com a família que me fez ser quem eu sou. Sinto sua falta esta noite. Sei que minha dívida para com eles vai além de qualquer medida.
Para minha irmã Maya, minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, muito obrigado por todo apoio que vocês me deram. Sou grato a eles.
E ao meu director de campanha, David Plouffe, o herói não glorificado desta campanha, que construiu a melhor, a melhor campanha política, eu acho, da história dos Estados Unidos da América. Ao meu estrategista-chefe David Axelrod, que foi um parceiro em cada passo do caminho. À melhor equipa de campanha já montada na história da política. Vocês fizeram isto acontecer, e eu ser-vos-ei eternamente grato pelo que vocês sacrificaram para o conseguir.
Mas, sobretudo, jamais esquecerei a quem realmente pertence esta vitória. Ela pertence a vocês. Ela pertence a vocês.
Eu nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem com muitos endossos. Nossa campanha não foi planeada nos salões de Washington. Ela começou nos quintais dos fundos de Des Moines, e nas salas de visitas de Concord, e nas varandas de Charleston. Ela foi construída por mulheres e homens trabalhadores que usaram toda pequena poupança que tinham para doar US$ 5, US$ 10, US$ 20 para a causa. Ela se fortaleceu com os jovens que rejeitaram o mito da apatia de sua geração, que deixaram seus lares e suas famílias por empregos que ofereciam pouca remuneração e menos sono. Ela extraiu forças das pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio cruel e o calor escaldante para bater nas portas de desconhecidos, e dos milhões de americanos que se apresentaram como voluntários, e organizaram, e comprovaram que, mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo o povo e para o povo não desapareceu da face da Terra. Esta vitória é sua.
E eu sei que vocês não fizeram isso apenas para vencer uma eleição. E sei que não fizeram isso por mim. Vocês o fizeram porque compreendem a enormidade da tarefa que temos pela frente. Pois enquanto estamos aqui celebrando nesta noite, sabemos que os desafios que o amanhã nos trará são os maiores de nossas vidas – duas guerras, o planeta em perigo, a pior crise financeira em um século.
Enquanto estamos aqui, esta noite, sabemos que há bravos americanos despertando nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscar suas vidas por nós.
Há mães e pais que se deitam e ficam acordados depois que os filhos adormecem e se preocupam sobre como conseguirão pagar a hipoteca, ou as contas de seus médicos, ou poupar o suficiente para a educação universitária de seus filhos. Há nova energia para explorar, novos empregos para criar, novas escolas para construir, e ameaças a enfrentar, alianças a reparar. O caminho à frente será longo. Nossa subida será íngreme. Talvez não consigamos chegar lá em um ano, ou mesmo em um mandato. Mas, América, eu nunca estive mais esperançoso do que estou nesta noite de que chegaremos lá.
Eu prometo-vos, nós, como povo, chegaremos lá.
Haverá recuos e falsos começos. Há muitos que não concordarão com cada decisão ou política que eu adoptar como presidente. E sabemos que o governo não pode resolver todos os problemas. Mas sempre serei honesto convosco sobre os desafios que enfrentamos. Ouvir-vos-ei especialmente quando discordarmos. E, sobretudo, pedir-vos-ei para se unirem no trabalho de refazer esta nação, da única maneira que isso foi feito na América por 221 anos - bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada por mão calejada.
O que começou há 21 meses nas profundezas do inverno não pode terminar nesta noite de Outono. Esta vitória sozinha não é a mudança que buscamos. É apenas a chance de fazermos essa mudança E isso não pode acontecer se recuarmos para a maneira como as coisas eram. Isso não pode acontecer sem vocês, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício. Portanto, vamos convocar um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós decide pôr as mãos na massa e trabalhar mais duro e ser responsável não somente por si, mas pelo próximo.
Vamos lembrar-nos de que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street próspera enquanto os investidores comuns sofrem.
Neste país, nós ascendemos ou tombamos como uma nação, como um povo. Vamos resistir à tentação de cair no mesmo partidarismo e trivialidade e imaturidade que envenenou nossa política por tanto tempo.
Vamos nos lembrar de que foi um homem deste Estado (Illinois) quem primeiro carregou a bandeira do Partido Republicano para a Casa Branca, um partido fundado sobre os valores da confiança em si mesmo, da liberdade individual e da unidade nacional. Esses são valores que todos nós compartilhamos. E embora o Partido Democrata tenha conquistado uma grande vitória nesta noite, nós o fazemos com uma dose de humildade e a determinação de curar as divisões que tolheram nosso progresso.
Como Lincoln disse a uma nação bem mais dividida que a nossa, não somos inimigos, mas amigos. Embora a paixão possa ter criado tensões, ela não deve romper nossos laços de afeição.
E para aqueles americanos cujo apoio eu ainda preciso conquistar, eu posso não ter obtido seu voto esta noite, mas ouço as suas vozes. Eu preciso de sua ajuda. E serei o seu presidente também.
E para todos aqueles que estão assistindo nesta noite de além de nossas praias, de parlamentos e palácios, para aqueles que estão acotovelados em torno de aparelhos de rádio nos cantos esquecidos do mundo, nossas histórias são singulares, mas nosso destino é comum, e uma nova aurora da liderança americana está perto.
Para aqueles... para aqueles que dilacerariam o mundo: nós os derrotaremos. Para aqueles que buscam a paz e a segurança: nós os apoiamos. E para todos aqueles que se perguntavam se o farol da América ainda tem o mesmo clarão: esta noite provou uma vez mais que a verdadeira força de nossa nação vem, não do poderio de nossas armas ou da escala de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e esperança inflexível. Esse é o verdadeiro espírito da América: que a América pode mudar. Nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já conseguimos dá-nos esperanças para o que podemos e devemos alcançar amanhã.
Esta eleição teve muitas primeiras vezes e muitas histórias que serão contadas por gerações. Mas uma que está em minha mente esta noite é sobre uma mulher que depositou seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de outros que fizeram fila para fazer sua voz ser ouvida nesta eleição, excepto por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos. Ela nasceu apenas uma geração após a escravidão; um tempo em que não havia carros na estrada nem aviões no céu; em que alguém como ela não podia votar por duas razões - porque ela era mulher e por causa da cor da sua pele. E nesta noite, penso em tudo o que ela viu ao longo de seu século na América - a aflição e a esperança; a dificuldade e o progresso; os tempos em que nos diziam que não podemos, e as pessoas que avançaram com aquele credo americano: Sim, nós podemos. Num tempo em que as vozes das mulheres eram silenciadas e suas esperanças desconsideradas, ela viveu para vê-las se erguer, e se manifestar e alcançar o voto. Sim, nós podemos. Quando houve desespero no Dust Bowl e depressão em todo país, ela viu uma nação vencer o próprio medo com um New Deal, novos empregos, um novo senso de propósito comum. Sim, nós podemos.
Quando as bombas caíram sobre nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela estava lá para testemunhar a ascensão de uma geração à grandeza e uma democracia foi salva. Sim, nós podemos.
Ela estava lá para os ônibus em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma e um pregador de Atlanta que disse a um povo que nós superaremos. Sim, nós podemos.
Um homem desceu na lua, um muro caiu em Berlim, um mundo foi conectado por nossa própria ciência e imaginação. E neste ano, nesta eleição, ela tocou com seu dedo uma tela e depositou seu voto porque após 106 anos na América, passando pelo melhor dos tempos e as horas mais tenebrosas, ela sabe como a América pode mudar. Sim, nós podemos.
América, nós chegámos tão longe. Nós vimos tanta coisa. Mas ainda há muito mais para fazer. Então, nesta noite, vamos perguntar-nos - se nossos filhos vão viver para ver o próximo século; se minhas filhas tiverem a fortuna de viver tanto quanto Ann Nixon Cooper, que mudanças verão? Que progressos teremos feito? Esta é nossa chance de responder a esse apelo. Este é o nosso momento. Este é o nosso tempo, para colocar nosso povo de novo no trabalho e abrir portas de oportunidade para nossos filhos; para recuperar a prosperidade e reafirmar essa verdade fundamental, que, de muitos, nós somos um; que enquanto respirarmos, teremos esperança. E onde formos recebidos com cinismo e dúvidas e por aqueles que nos dizem que não podemos, nós responderemos com aquele credo intemporal que resume o espírito de um povo. Sim, nós podemos.
Obrigado. Deus os abençoe! E que Deus abençoe os Estados Unidos da América.
Discurso de Barack Obama, em Chigaco, após a vitória.
Se existe alguém que ainda duvida que a América é um lugar onde todas as coisas são possíveis, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores está vivo em nosso tempo, que ainda questiona o poder de nossa democracia, esta noite é a sua resposta.
É a resposta contada pelas filas que se estenderam em torno de escolas e igrejas em números que a nação jamais viu, de pessoas que esperaram três horas ou quatro horas, muitas pela primeira vez em suas vidas, porque acreditaram que desta vez precisava ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer a diferença.
É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, americanos nativos, gays, heterossexuais, deficientes e não deficientes. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo de que nunca fomos apenas uma porção de indivíduos ou uma porção de estados vermelhos e estados azuis. Nós somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América.
Essa é a resposta que levou aqueles a quem foi dito por tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e desconfiados sobre o que podemos conseguir a pôr suas mãos no arco da história e curvá-lo uma mais vez no rumo da esperança de um dia melhor.
Foi uma longa jornada, mas esta noite, pelo que fizemos nesta data e nesta eleição neste momento definidor, a mudança chegou à América.
Agora há pouco, esta noite, recebi uma ligação extraordinariamente cortês do senador John McCain. O senador McCain travou uma luta longa e dura nesta campanha. E ele já havia combatido há muito mais tempo e mais duro pelo país que ele ama. Ele suportou sacrifícios pela América que a maioria de nós não pode nem sequer começar a imaginar. Nós estamos em melhor situação pelos serviços prestados por este líder corajoso e abnegado. Eu o felicito; eu felicito a governadora Palin por tudo que eles conseguiram. Pretendo trabalhar com eles no futuro para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.
Quero agradecer a meu parceiro nesta jornada, um homem que fez campanha com seu coração, e falou para os homens e mulheres com quem cresceu nas ruas de Scranton e com quem viajou no trem para casa em Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
E eu não estaria aqui nesta noite sem o apoio incansável de minha melhor amiga nos últimos 16 anos, a rocha da nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama da nação, Michelle Obama.
Sasha e Malia, eu amo-vos mais do que vocês podem imaginar. E vocês ganharam o novo cachorrinho que virá connosco para a nova Casa Branca. E embora não esteja mais entre nós, eu sei que a minha avó nos está vendo, junto com a família que me fez ser quem eu sou. Sinto sua falta esta noite. Sei que minha dívida para com eles vai além de qualquer medida.
Para minha irmã Maya, minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, muito obrigado por todo apoio que vocês me deram. Sou grato a eles.
E ao meu director de campanha, David Plouffe, o herói não glorificado desta campanha, que construiu a melhor, a melhor campanha política, eu acho, da história dos Estados Unidos da América. Ao meu estrategista-chefe David Axelrod, que foi um parceiro em cada passo do caminho. À melhor equipa de campanha já montada na história da política. Vocês fizeram isto acontecer, e eu ser-vos-ei eternamente grato pelo que vocês sacrificaram para o conseguir.
Mas, sobretudo, jamais esquecerei a quem realmente pertence esta vitória. Ela pertence a vocês. Ela pertence a vocês.
Eu nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem com muitos endossos. Nossa campanha não foi planeada nos salões de Washington. Ela começou nos quintais dos fundos de Des Moines, e nas salas de visitas de Concord, e nas varandas de Charleston. Ela foi construída por mulheres e homens trabalhadores que usaram toda pequena poupança que tinham para doar US$ 5, US$ 10, US$ 20 para a causa. Ela se fortaleceu com os jovens que rejeitaram o mito da apatia de sua geração, que deixaram seus lares e suas famílias por empregos que ofereciam pouca remuneração e menos sono. Ela extraiu forças das pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio cruel e o calor escaldante para bater nas portas de desconhecidos, e dos milhões de americanos que se apresentaram como voluntários, e organizaram, e comprovaram que, mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo o povo e para o povo não desapareceu da face da Terra. Esta vitória é sua.
E eu sei que vocês não fizeram isso apenas para vencer uma eleição. E sei que não fizeram isso por mim. Vocês o fizeram porque compreendem a enormidade da tarefa que temos pela frente. Pois enquanto estamos aqui celebrando nesta noite, sabemos que os desafios que o amanhã nos trará são os maiores de nossas vidas – duas guerras, o planeta em perigo, a pior crise financeira em um século.
Enquanto estamos aqui, esta noite, sabemos que há bravos americanos despertando nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscar suas vidas por nós.
Há mães e pais que se deitam e ficam acordados depois que os filhos adormecem e se preocupam sobre como conseguirão pagar a hipoteca, ou as contas de seus médicos, ou poupar o suficiente para a educação universitária de seus filhos. Há nova energia para explorar, novos empregos para criar, novas escolas para construir, e ameaças a enfrentar, alianças a reparar. O caminho à frente será longo. Nossa subida será íngreme. Talvez não consigamos chegar lá em um ano, ou mesmo em um mandato. Mas, América, eu nunca estive mais esperançoso do que estou nesta noite de que chegaremos lá.
Eu prometo-vos, nós, como povo, chegaremos lá.
Haverá recuos e falsos começos. Há muitos que não concordarão com cada decisão ou política que eu adoptar como presidente. E sabemos que o governo não pode resolver todos os problemas. Mas sempre serei honesto convosco sobre os desafios que enfrentamos. Ouvir-vos-ei especialmente quando discordarmos. E, sobretudo, pedir-vos-ei para se unirem no trabalho de refazer esta nação, da única maneira que isso foi feito na América por 221 anos - bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada por mão calejada.
O que começou há 21 meses nas profundezas do inverno não pode terminar nesta noite de Outono. Esta vitória sozinha não é a mudança que buscamos. É apenas a chance de fazermos essa mudança E isso não pode acontecer se recuarmos para a maneira como as coisas eram. Isso não pode acontecer sem vocês, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício. Portanto, vamos convocar um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós decide pôr as mãos na massa e trabalhar mais duro e ser responsável não somente por si, mas pelo próximo.
Vamos lembrar-nos de que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street próspera enquanto os investidores comuns sofrem.
Neste país, nós ascendemos ou tombamos como uma nação, como um povo. Vamos resistir à tentação de cair no mesmo partidarismo e trivialidade e imaturidade que envenenou nossa política por tanto tempo.
Vamos nos lembrar de que foi um homem deste Estado (Illinois) quem primeiro carregou a bandeira do Partido Republicano para a Casa Branca, um partido fundado sobre os valores da confiança em si mesmo, da liberdade individual e da unidade nacional. Esses são valores que todos nós compartilhamos. E embora o Partido Democrata tenha conquistado uma grande vitória nesta noite, nós o fazemos com uma dose de humildade e a determinação de curar as divisões que tolheram nosso progresso.
Como Lincoln disse a uma nação bem mais dividida que a nossa, não somos inimigos, mas amigos. Embora a paixão possa ter criado tensões, ela não deve romper nossos laços de afeição.
E para aqueles americanos cujo apoio eu ainda preciso conquistar, eu posso não ter obtido seu voto esta noite, mas ouço as suas vozes. Eu preciso de sua ajuda. E serei o seu presidente também.
E para todos aqueles que estão assistindo nesta noite de além de nossas praias, de parlamentos e palácios, para aqueles que estão acotovelados em torno de aparelhos de rádio nos cantos esquecidos do mundo, nossas histórias são singulares, mas nosso destino é comum, e uma nova aurora da liderança americana está perto.
Para aqueles... para aqueles que dilacerariam o mundo: nós os derrotaremos. Para aqueles que buscam a paz e a segurança: nós os apoiamos. E para todos aqueles que se perguntavam se o farol da América ainda tem o mesmo clarão: esta noite provou uma vez mais que a verdadeira força de nossa nação vem, não do poderio de nossas armas ou da escala de nossa riqueza, mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e esperança inflexível. Esse é o verdadeiro espírito da América: que a América pode mudar. Nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já conseguimos dá-nos esperanças para o que podemos e devemos alcançar amanhã.
Esta eleição teve muitas primeiras vezes e muitas histórias que serão contadas por gerações. Mas uma que está em minha mente esta noite é sobre uma mulher que depositou seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de outros que fizeram fila para fazer sua voz ser ouvida nesta eleição, excepto por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos. Ela nasceu apenas uma geração após a escravidão; um tempo em que não havia carros na estrada nem aviões no céu; em que alguém como ela não podia votar por duas razões - porque ela era mulher e por causa da cor da sua pele. E nesta noite, penso em tudo o que ela viu ao longo de seu século na América - a aflição e a esperança; a dificuldade e o progresso; os tempos em que nos diziam que não podemos, e as pessoas que avançaram com aquele credo americano: Sim, nós podemos. Num tempo em que as vozes das mulheres eram silenciadas e suas esperanças desconsideradas, ela viveu para vê-las se erguer, e se manifestar e alcançar o voto. Sim, nós podemos. Quando houve desespero no Dust Bowl e depressão em todo país, ela viu uma nação vencer o próprio medo com um New Deal, novos empregos, um novo senso de propósito comum. Sim, nós podemos.
Quando as bombas caíram sobre nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela estava lá para testemunhar a ascensão de uma geração à grandeza e uma democracia foi salva. Sim, nós podemos.
Ela estava lá para os ônibus em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma e um pregador de Atlanta que disse a um povo que nós superaremos. Sim, nós podemos.
Um homem desceu na lua, um muro caiu em Berlim, um mundo foi conectado por nossa própria ciência e imaginação. E neste ano, nesta eleição, ela tocou com seu dedo uma tela e depositou seu voto porque após 106 anos na América, passando pelo melhor dos tempos e as horas mais tenebrosas, ela sabe como a América pode mudar. Sim, nós podemos.
América, nós chegámos tão longe. Nós vimos tanta coisa. Mas ainda há muito mais para fazer. Então, nesta noite, vamos perguntar-nos - se nossos filhos vão viver para ver o próximo século; se minhas filhas tiverem a fortuna de viver tanto quanto Ann Nixon Cooper, que mudanças verão? Que progressos teremos feito? Esta é nossa chance de responder a esse apelo. Este é o nosso momento. Este é o nosso tempo, para colocar nosso povo de novo no trabalho e abrir portas de oportunidade para nossos filhos; para recuperar a prosperidade e reafirmar essa verdade fundamental, que, de muitos, nós somos um; que enquanto respirarmos, teremos esperança. E onde formos recebidos com cinismo e dúvidas e por aqueles que nos dizem que não podemos, nós responderemos com aquele credo intemporal que resume o espírito de um povo. Sim, nós podemos.
Obrigado. Deus os abençoe! E que Deus abençoe os Estados Unidos da América.
Discurso de Barack Obama, em Chigaco, após a vitória.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Nunca...
Bom-dia, Sr. Presidente!
" Sempre que um Homem sonha o Mundo pula e avança como bola colorida nas mãos de uma criança."
Foram estas palavras do nosso poeta que me vieram à mente quando soube que Barack Obama tinha ganho estrondosamente as eleições para a presidência dos Estados Unidos da América.
Mas gostei também muito do comentário de um jornal americano que escrevia hoje: "A Guerra Civil americana chegou hoje ao fim." 4 de Novembro de 2008 ficará para a História.
Faça do mundo um Mundo melhor para todos! Acredito que seja esta a missão da sua vida!
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