* A razão da tua vida és tu mesma. A tua paz interior é a tua meta de vida.
* Não coloques objectivos longe demais das tuas mãos, abraça os que estão ao teu alcance."
Aristóteles
Desabafos. Sentimentos. Emoções. Poesia. Cinema. Leituras. Filhas. Amigos. Blogs. Imagens. "Belas"imagens... Música. Espectáculos.Viagens.Pensamentos.Opiniões.Tudo aqui poderá aparecer.No fundo sei que aparecerei eu mesma através dos meus posts.
Dois anos depois de ter visto o "Quebra Nozes" pela Companhia de Ballet de Kiev, fui com a Ana ver o mesmo bailado pela Companhia Imperial de Ballet Russo. Um desastre! O nome é muito adequado: os cenários, o guarda-roupa, as cabeleiras e tudo o mais deve ser mesmo do tempo dos czares. A Rússia está mesmo em decadência! Prosápia não lhes falta, mafiosos também têm alguns e bons. E depois têm os Antonov que caiem que nem tordos, submarinos velhos e ferrugentos e pelos vistos o que resta das grandes companhias de bailado que andam pela Europa a enfiar barretes aos ingénuos que se iludem com o nome das companhias como eu! E a ganhar uns bons euros... os bilhetes não foram assim tão baratos quanto isso. Acabámos por vir embora no intervalo.quarta-feira, 15 de novembro de 2006
A guerra que nunca foi
" Há uma guerra remota, feroz, indescritível e indemonstrável, que funda a nossa consciência e assombra o nosso imaginário.(...) Que Tróia existiu, provaram-no as pesquisas arqueológicas de Heinrich Schliemann, no último quartel do século XIX.Tróia, a guerra que nunca foi, entrou pela linguagem que usamos com demolidora sobranceria.É o cavalo de Tróia, o calcanhar de Aquiles, a bela Helena. Por dá cá aquela palha arde Tróia; um acto de sedução é o canto das sereias; e há sempre quem procura agradar a gregos e troianos. Na nossa mitologia regional da fundação, é Ulisses o herói maior que "inventa" Lisboa. (...)Três milénios de guerras não chegaram para inventar nenhuma história mais bela, mais rica, mais exaltante do que a guerra de Tróia. Essa guerra não terá existido, mas deu origem a dois monumentos literários que fundam uma civilização (a Ilíada, que se encerra sobre a morte de Aquiles e a Odisseia, com Ulisses, o último dos heróis e o primeiro dos homens, prisioneiro de Calipso no início da seu regresso a Ítaca). As guerras que hoje se preparam poderão não dar origem a nada - a não ser ao registo desolado da catastrófica disposição da natureza humana. Seremos, por causa delas, os últimos dos homens; e nenhum de nós passará à história como o primenro dos heróis."Encontrei hoje,quando fazia uma limpeza a um armário da sala 5, uma crónica de José Mega Ferreira com o título " A guerra que não foi", publicada na Visão, em Outubro de 2002. Não resisti a deixar aqui este pequeno excerto. Achei-a muito interessante. Que o autor me perdoe os "cortes" feitos apenas por razões práticas que não por censura.domingo, 12 de novembro de 2006
S. Martinho na Figueira da Foz
Passei o fim-de-semana na Figueira com a Ana e a Bábá.Estava um tempo maravilhoso: mais de 20 graus em Novembro! O mar estava calmo, a água límpida e quentinha. A Ana e eu consolámo-nos a chapinhar na água; a Bábá fugia a quatros patas...Fazer covinhas ainda vá, corridinhas também, agora molhar as ricas patinhas dela??? Nem pensar... À noite fui ao cinema com o Jorge e a Lena ver " Entre Inimigos". Bons actores, uma história interessante, mas muito pesado. Violência e morte entre mafiosos e polícias. No fim estava cansada...E um pouquinho frustrada. Não vejo sentido em ir ao cinema desgastar a minha mente...Para isso bastam as aulas. Mas depois fomos à Emanha comer sorvete para compensar.Já em casa recebi um telefonema que não devia ter atendido.Era a Fernanda Brito a convidar-me para o casamento do filho, já no dia 8 de Dezembro. Detesto ir a casamentos....Como é que me vou livrar desta? Indo...está-se mesmo a ver!
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Florbela Espanca
"Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços..."
Esta noite,esta madrugada, uma insónia... lembrei-me de Florbela Espanca. A Ana, que nem gostava de ler quando era criança e adolescente, começou por ler "Sonetos". Na altura achava isso estranho. Agora já não. Ela devia pressentir que tinha algo em comum com Florbela Espanca. O meu livro de "Sonetos", oferecido pela mãe, será um dia para ela. Mas até lá tem o seu próprio livro também oferecido pela mãe, já há uns anos, pelo Natal.segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Entre por essa porta agora E diga que me adora Você tem meia hora P'ra mudar a minha vida Vem vambora Que o que você demora É o que o tempo leva Ainda tem o seu perfume pela casa Ainda tem você na sala Porque meu coração dispara Quando tem o seu cheiro Dentro de um livro Dentro da noite veloz Ainda tem o seu perfume pela casa Ainda tem você na sala Porque meu coração dispara Quando tem o seu cheiro Dentro de um livro Na cinza das horas |
"Des yeux qui font baisser les miensUn rire qui se perd sur sa bouche
Voilá le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens.
Quand il me prend dans ses bras,
Il me parle tout bas
Je vois la vie en rose,
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose
Il est entré dans mon coeur,
Une part de bonheur
Dont je connais la cause,
C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie
Il me l'a dit,
L'a juré pour la vie,
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi,
Mon coeur qui bat...
Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Les ennuis, les chagrins s'effacent
Heureux, heureux, a en mourir.
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