sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Se eu fosse...


Se eu fosse uma música, eu seria…"Only you”
Se eu fosse um mês, eu seria…Outubro
Se eu fosse um dia da semana, eu seria… sábado
Se eu fosse uma hora do dia, eu seria… o entardecer
Se eu fosse um astro, eu seria… a Lua
Se eu fosse um móvel, eu seria…uma estante, cheia de livros
Se eu fosse um momento, eu seria… o primeiro beijo a uma filha
Se eu fosse um líquido, eu seria… água
Se eu fosse uma pedra preciosa, eu seria… uma safira
Se eu fosse um arbusto, eu seria… uma magnólia
Se eu fosse uma flor, eu seria… um antúrio vermelho
Se eu fosse um instrumento musical, eu seria… um piano
Se eu fosse uma cor, eu seria…azul marinho
Se eu fosse um sentimento, eu seria… Amizade
Se eu fosse um tempero, eu seria.. canela
Se eu fosse um animal, eu seria… um urso
Se eu fosse uma fruta, eu seria… um cacho de uvas
Se eu fosse um elemento, eu seria… fogo
Se eu fosse um livro, eu seria… o “Equador”
Se eu fosse um personagem, eu seria… Scarlett O’Hara
Se eu fosse um lugar, eu seria… uma ilha grega
Se eu fosse um objeto, eu seria… um laço
Se eu fosse um filme, eu seria… “E tudo o vento levou”
Se eu fosse um gesto, eu seria… Adeus! Até sempre…

terça-feira, 27 de novembro de 2007

domingo, 25 de novembro de 2007

Hoje


...almocei com as duas filhas! Que bom! E tão raro...

...vi mais uma vez " As Palavras Que Nunca Te Direi". Ainda não foi desta que o vi sem me emocionar e sem lágrimas ao canto do olho.

Ex Libris, séc.XVIII

Se este livro for achado,
caso venha a ser perdido,
para ser mais conhecido
leva o meu nome assinado.

Se acaso for emprestado
para algum conhecimento,
dê-se-lhe bom tratamento
não o deixando perdido,
para que não venha a ser
o Livro do Esquecimento!

A Senhora "vaidosa"


Ponto(s) da situação


domingo, 18 de novembro de 2007

Dia da Memória

Madrigal para depois

"Quando, por fim, o mundo for só nosso,
Sem reparos alheios,
E os meus versos a fiel legenda
De cada hora,
Saberás, musa, claramente
Como a vida dura
Para além da macabra certidão
Da realidade.
Pede, pois, com fervor,
À santíssima senhora
Da boa morte
Que, sem mais sofrimento, piedosamente,
Me receba nos braços regelados,
E nos permita ser eternamente
Felizes e secretos namorados."

Miguel Torga
(in "Diário - XVI")

domingo, 11 de novembro de 2007

Dia de S. Martinho


Do São Martinho gosto só de duas coisas: do " Verão" e da jeropiga. De castanhas não. Mas os ouriços são muito bonitos. No ano passado estava na Figueira por esta altura. Foram uns bons dias aqueles. Este ano fiquei por aqui mesmo. Nem cinema, nem piano bar,nem nada... nem nada. Só ontem um jantarzinho cá em casa com uns amigos e dois dedos de conversa até à meia-noite. Muito agradável. Para que não me esqueça e volte a repetir-me o que lhes ofereci foi um bacalhauzinho no forno ( receita da Rosarinho) e um pudim de ovos incrementado (receita da Mãe). Simples, mas gostoso e muito apresentável. Felizmente! Nos últimos anos cozinho tão pouco que já começo a perder a confiança em mim mesma, apesar dos elogios que a Lena sempre faz a tudo quanto eu faço e que, confesso, me sabem muito bem.

Hoje estive a ver a "Operação Triunfo" de ontem. Há ali umas crianças que me irritam, francamente! Choram se corre bem, choram se corre mal, choram se são nomeadas e se não são choram mais ainda!!! Bolas! Basta de choraminguice! E a criança chamada Rita que não sai nem por nada??? Ontem até foi a favorita do público...Como é que pode? Só se a famíla e os amigos contrataram os acessores de imagem do casal McCann!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Do mal o menos: a miúda que fique, mas,por favor, não deixem entrar a claque dela. É que aquilo parece um infantário!
Amanhã lá vai a filha "para trás do Marão"... E eu volto para a Escola. A nossa vida anda mesmo a precisar de uma mudança drástica! Apetecia-me ir era para o Brasil! Ou para Cabo Verde! Ou para São Tomé e Príncipe! Ou para qualquer lado menos para a Escola.

Os bons religiosos são sempre alegres!

“ Os bons religiosos são sempre alegres (…). Sempre desconfiei dos jejuadores mais rigorosos, com má catadura. Com os olhos ardentes e muito juntos, como se se tivessem aproximado demasiado do Inferno… Aqueles a quem Deus concede a maior graça que é possível imaginar chamando-os ao seu serviço têm obrigação de se mostrar alegres. É um exemplo e uma delicadeza que devem aos outros.”

Li este parágrafo num volume da colecção “Os Reis Malditos”, da autoria de Maurice Druon. E de imediato me vieram à mente os nomes de dois Papas: João Paulo I e Bento XVI. Por que será????????????

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A minha Rainha Santa



Comprei-a há uns anitos , em Estremoz, nas Irmãs Flores. Sempre quis ter uma imagem da nossa Rainha Santa, mas não uma daquelas feitas em série que se vendem em Coimbra. Quando descobri esta, foi uma amor à primeira vista. E também me perdi de amores por uma Nossa Senhora da Conceição muito, muito vaidosa e trouxe-a também. A seguir foi uma "Primavera" e um "O Amor é cego". Este ano fui lá de novo, de propósito, para comprar um Sto António, mas as prateleiras estavam quase vazias (devia ter passado por lá algum grupo de turistas!) e não trouxe nenhuma estatueta para juntar a estas minhas bonequinhas lindonas.

So fashion!


domingo, 4 de novembro de 2007

À procura do tempo perdido

Foi o que fiz hoje à tarde enquanto descansava da nossa ida à baixa. Há muitos meses que não íamos tomar café, no Nicola, ao sábado de manhã...Depois que mudámos para esta vilazinha tão tranquila concedi-me o prazer de não andar enredada no trânsito citadino, nos seus inevitáveis semáforos, múltiplas faixas (que só me confundem) e milhentas rotundas plantadas" por toda a cidade.
E daí o choque!
Em alguns meses, a Valentim de Carvalho passou a imobiliária, a Benetton é agora uma loja com péssimo aspecto, onde, a julgar pelo que estava exposto nas montras e pendurado nas portas, é tudo de qualidade duvidosa (e gosto mais duvidoso ainda); a antiga "Brasileira", já há uns anos tinha sido convertida em loja de roupa de senhora de boa marca, vai ser convertida em qualquer outra coisa de certeza. Já está em" liquidação total". Lá chegámos ao Nicola, tomámos café e mais nada: as velhas "parras" já eram! Ao sair, fui dar uma beijoca ao Frederico que estava na esplanada e foi aí que comecei a achar que, em frente,alguma coisa não estava bem. Mas logo,logo, não percebi o que era!Onde estava a Central??? A minha Central ? A Central do Sr. Petrónio, dos meus chapeuzinhos de chuva, dos meus lápis de chocolate dos meus chupa-chupas bem gordinhos e compridos com sabor a laranja e embrulhados em papel celofane???????? A Central é agora uma loja "Pé de meia"!!!!!!!!!!!!!Não vou dizer que me ía dando " uma coisinha má" porque isso é pouco. O que senti foi uma tristeza enorme , uma saudade imensa da nossa baixa antiga, uma tremenda melancolia que me ficou para o resto do dia e ainda cá está, caso contrário não estava aqui a postar este desabafo. E depois lembrei-me do "Arcádia" (e das melhores torradinhas que se comiam nesta cidade), do velho " Montanha" e da sua esplanada bem em frente à paragem dos eléctricos, onde um senhor coronel tinha a mania de me assustar perguntando à mãe ou à madrinha (com cara de poucos amigos, para me impressionar ainda mais) se eu me tinha portado bem e se tinha comido tudo! Eu, que até era uma menina sempre bem "portadinha", ficava sempre muito incomodada com aquilo, mas respondia-lhe educadamente que sim e as mães-madrinhas confirmavam, felizmente. Se alguém se atrevesse hoje a fazer este tipo de brincadeira com um filho alheio era olhado por cima do ombro pelos pais tipo: que é que este tipo tem que se meter com o meu filho???e na melhor das hipóteses levava um pontapé da criancinha ou ouvia um palavrão daqueles que eu e quase todos os meninos dos anos 50 nem sonhávamos que existiam. Também me lembrei da "Riviera" onde, já mocinha, ía lanchar, todos os sábados à tarde, com o Jorge, a Né e o Luís. E da loja do Sr. Fonseca com quem se tinham estabelecido laços de amizade tão fortes que me ofereceu as minhas "fitas", mesmo quando a Praxe e a Queima estavam suspensas. E que guardo com muito carinho! E lembrei-me dos elétricos e troleys que passavam e paravam mesmo em frente do Nicola, do carisma do Carlinhos Brinca que fazia duas coisas ao mesmo tempo: vendia sapatos e derramava um imenso charme sobre todas as suas clientes: as meninas de Coimbra cujos pais podiam pagar este atendimento de primeira. ( Mas não se passava daí, bem entendido! Nós sabíamos que estávamos tratando com um sedutor inveterado e ele sabia que, com meninas de família, não podia ultrapassar os limites sem correr o risco de lhe acontecer uma coisa terrível: ter que casar!)