quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Eleições à "americana"



Para eles deve ser a coisa mais simples do mundo...Caso contrário já teriam mudado o sistema. Agora para o comum dos mortais aqui deste lado é uma completa bagunça! Da última vez o presidente eleito foi o candidato que teve menos votos, poucos, mas menos! Eu sei que isto tem que ver com a dimensão populacional dos estados, o número de estados,etc., etc. etc.

Mas vou aqui registar umas informaçõezinhas interessantes, publicadas no "Sol" de 2 de Fevereiro do corrente, sobre este processo eleitoral dos EUA, para não me perder no meio desta profusão de actos que acabarão com a eleição do novo presidente no final deste ano.


Convenções Nacionais - Os delegados eleitos pelos Democratas juntam-se de 25 a 28 de Agosto, em Denver, para nomear o candidato presidencial. Na primeira semana de Setembro é a vez de os Republicanos se reuniram, em Mineapolis, e escolherem o candidato que apoiarão nos dois meses seguintes de campanha presidencial.


Voto Popular - Na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira de Novembro, os norte-americanos vão às urnas. O voto popular elege os 583 Grandes Eleitores do Colégio Eleitoral, órgão responsável pela eleição indirecta do Presidente e vice-presidente dos EUA. o número de Grandes Eleitores é determinado de Estado para Estado, consoante a dimensão populacional.


Colégio Eleitoral - Os Grandes Eleitores reúnem-se na primeira segunda-feira de Dezembro, nomeando o Presidente e vice-presidente. Caso não haja uma maioria (270) será a Câmara dos Representantes a escolher um dos três candidatos mais votados. (Oxalá tenham aprendido a contar votos desde as últimas eleições!)



Ontem, terça-feira de Carnaval por cá, foi a grande terça-feira por lá! Parece que tudo se resolve às segundas e terças... Os candidatos democratas ficaram mais ou menos empatados. Hillary ganhou em dois grandes estados, Califórnia e Nova York, com os votos das mulheres, dos hispânicos e um outro grupo de que não me lembro; Obama teve mais votos, em mais estados e contou com o apoio de jovens, negros e brancos adultos (e do clã Keneddy). Os Republicanos parece que já se decidiram por John McCain,o candidato mais velho de sempre. Deve estar a ser uma grande dor de cabeça para aquela gente ter que escolher entre um idoso branco, um mórmon bem parecido e cinquentão, um negro jovem e desempoeirado e uma mulher ex-primeira dama e ambiciosa.

E porque é que isto me interessa? Não sou americana, não tenho lá filhos, não os "amo de paixão" (aos americanos,entenda-se!), nem tenciono ir lá tão cedo (mas isso aí é mesmo porque não me dá jeito nenhum, mesmo com o € valorizado...). É por uma razão muito,muito mesquinha mesmo: é que tudo o que lá se passa reflecte-se no aumento ou eventual diminuição da prestação da casa...

Sem comentários: